E ABRE ESPAÇO PARA RENEGOCIAÇÃO DOS ÍNDICES SALARIAS CASO ELES FIQUEM ABAIXO DA INFLAÇÃO FUTURA. SERVIDORES CONSIDERAM AVANÇO, MAS NÃO ACEITAM PERCENTUAL DE 21,3% NO PERÍODO DE QUATRO ANOS.
Publicado: 21/07/2015 - 11h21
A FALA / PARTE DO GOVERNO
O governo federal apresentou, nesta segunda-feira (20), na mesa de negociação com os representantes dos servidores públicos federais, duas novidades adicionais à proposta de reajuste de 21,3% parcelados em quatro anos, que havia sido apresentada no final de junho.
Em reunião com o Fórum Nacional das Entidades, o secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP), Sérgio Mendonça, propôs reajustar, com base na inflação dos últimos anos, os três principais benefícios sociais dos servidores públicos. Os valores entrariam em vigor a partir de janeiro de 2016.
Para o auxílio-alimentação e para o plano de saúde suplementar, cujos últimos reajustes ocorreram em 2013, os índices aplicados ficariam em torno de 22,5%, considerando a inflação de 2013 e 2014 e a estimativa para 2015.
Já para o auxílio pré-escolar, conhecido como auxílio-creche, o reajuste levaria em consideração o período inflacionário acumulado desde 1995, o que daria um índice de cerca de 317%. Somados, os três reajustes significariam um impacto anual orçamentário de R$ 1,3 bilhão.
O secretário sugeriu também a adoção de uma cláusula de revisão na proposta de reajuste plurianual (quatro anos), para preservar o poder aquisitivo. “Se errarmos na previsão de inflação futura, estamos dispostos a sentar novamente à mesa e renegociar o acordo”, esclareceu.
Para Mendonça, o conjunto apresentado é uma proposta “razoável e coerente”. Segundo o secretário, é preciso levar em conta que a negociação envolve uma categoria de trabalhadores que tem estabilidade no emprego em um momento em que o país atravessa dificuldades econômicas e com ganho acima da inflação, considerado o período entre 2003 e 2015.
FALA / PARTE DOS SERVIDORES
Para o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sergio Ronaldo da Silva, o avanço foi muito aquém do que os servidores gostariam. "O governo manteve a posição dele", diz. "Não tem acordo com o prazo de quatro anos, não vamos colocar essa amarra na categoria, os exemplos de 2012 foram muito ruins com relação ao reajuste de três anos, tivemos perdas".
NOSSA OPINIÃO
Os SERVIDORES mantiveram o INDICATIVO DE GREVE GERAL para o próximo dia 27/07/2015, mas, um acordo pode ficar próximo de ser fechado, caso o governo reduza em um ano - 2016 a 2018 - o período dos reajustes pré-determinados, mantenha a cláusula de REnegociação ANO A ANO, caso a INFLAÇÃO supere os percentuais estimados, mantenha o reajuste oferecido para os benefícios (Saúde - Alimentação - Creche) e melhore o PERCENTUAL total de 21,3%, ainda que não chegue aos 27% pedidos pelos SERVIDORES.
A NEGOCIAÇÃO CONTINUA - A MOBILIZAÇÃO SE INTENSIFICA
O governo federal tem até o dia 21 de agosto para enviar ao Congresso Nacional os projetos de lei que resultarem dos acordos. A partir de HOJE - 21/07,
o secretário do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP), Sérgio Mendonça,
se reúne com cada categoria individualmente. Os encontros VÃO ENTRAR PELO MÊS DE AGOSTO, e os primeiros a serem recebidos são os SERVIDORES do INSS,
As entidades que compõem o Fórum agendaram para AMANHÃ - quarta-feira 22/07 a Marcha a Brasília, visando fazer pressão sobre o GOVERNO FEDERAL. CINCO MIL SERVIDORES / MANIFESTANTES são esperados na capital federal.